Uma candidata em campanha pela Câmara Municipal de Graz, Áustria, afirma que é tempo de o Islão ser “enviado para lá do Mediterrâneo”, alegando que Maomé escreveu o Corão num “estado epiléptico”.
As recentes campanhas eleitorais no centro da Europa têm estado envoltas em polémica. Depois de Ronald Koch, político conservador no estado de Hesse, na Alemanha de Leste, ter apontado as baterias da sua campanha aos “jovens criminosos estrangeiros”, agora é a vez de uma política austríaca chocar a imprensa politicamente correcta.
Susanne Winter, do partido FPÖ, considerado de extrema-direita, é candidata à Câmara Municipal da Graz. No passado domingo, afirmou que “no sistema de hoje” Maomé seria considerado um “abusador de crianças”, referindo-se aparentemente ao casamento do profeta com uma criança de seis anos. Reiterou também que é tempo de o Islão ser “enviado para onde veio, para lá do Mediterrâneo”. Terminou acusando Maomé de haver escrito o Corão num “estado epiléptico”.
Numa entrevista ao diário Österreich, publicada hoje, Winter continuou a ofensiva, afirmando que o abuso de crianças é “comum” entre homens muçulmanos e que Graz está a enfrentar um “tsunami de imigração islâmica”. Dentro de 20 a 30 anos, alertou, metade da população austríaca será muçulmana.
Os comentários resultaram numa tempestade de protestos na Áustria, com políticos e comentadores do establishment a chamarem a atenção a Winter e ao seu partido, que enfrentam agora a possibilidade de responder a um processo judicial por incitamento e discriminação. Segundo Omar Al-Rawi, líder de uma associação de integração de muçulmanos, os comentários de Winter são uma “falta de respeito” e “não têm qualquer base factual”. Ao jornal Süddeutsche Zeitung, o líder islâmico afirma que na Áustria as críticas ao Islão chegaram a um ponto em que dão “vontade de cagar”.
Mas apesar da forte reacção gerada pelos comentários de Winter, esta rectórica não é invulgar nem impopular nas campanhas eleitorais austríacas. O FPÖ, partido que Winter representa, foi criado por Jörg Haider, um político que se notabilizou durante a década de 90 e que conseguiu chegar ao governo por meio de uma coligação, imediatamente boicotada pelos líderes da União Europeia, entre os quais António Guterres, então responsável pela Presidência europeia. Actual membro do partido BZÖ, Haider afirmou há recentemente que “ainda é autorizado a dizer Gruss Gott [tradicional saudação austríaca] e a não venerar Alá”.
FONTE:NOVOPRESS
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